“A JMJ foi a mais intensa experiência de católica que tive”

 

“Alguém muito especial também estava ali, meu bebê, sim fui grávida para a JMJ, ninguém alem de mim e meu marido sabia, até porque não deixariam eu ir. Então chorei muito agradecendo a Deus por tudo o que ele me deu, por tudo, e chorei.”

Ninguém imaginava mesmo que a então coordenadora do grupo de jovens estava grávida, foram dias muito intensos, tanto na fé como no cansaço, alguém poderia até considerar um risco. Mas Vanicléia Gonçalves estava comemorando o aniversário de três anos do grupo Arcanjos, e que festa poder celebrar essa data na JMJ junto com o papa Francisco, “presente mais que especial de Deus”. Pois ir para a Jornada era para ela a última e mais importante tarefa a cumprir à frente daquela juventude.

“Me esforcei ao máximo, passei por muitas provações, me magoei, me alegrei, mas no fim foi recompensador.”

https://www.saopedroesaopaulo.com.br/wp-content/uploads/images/artigosimg/2014/julho/JMJ1anoSPSP/Vani-foto%201.jpg

Tudo foi muito tocante para a “Vani” (assim como ela é conhecida), tanto que ela detalhou a experiência vivida em cada dia.

“Como na sexta, na Via Sacra, que fomos surpreendidos por manifestantes contra o Papa, com medo de atos de violência e de nos perdermos, todos os nossos jovens deram as mãos e o Rafa (meu marido) puxou uma Ave-maria, e no meio de gritos e empurrões, uma força e coragem que nunca senti tomou conta de mim e me emocionei por ser perseguida por amar a Deus e a Igreja”.

Na sábado, após a Vigília, ela lembra das dificuldades e também das coisas engraçadas, mas principalmente das revelações de fé enquanto estava na praia de Copacabana.

https://www.saopedroesaopaulo.com.br/wp-content/uploads/images/artigosimg/2014/julho/JMJ1anoSPSP/Vani-foto.jpg

“Ali dormimos com mais de centenas de irmãos, colocamos uma lona na areia, dormi com a roupa do corpo, passei frio, não consegui dormir direito porque tinha um irmão colombiano que roncava mais que um trator, e ainda tinha um vendedor que gritou a noite inteira para comprarmos a bandeira do papa. Apesar da precariedade do momento estávamos felizes, ali lembrei do povo que seguia Jesus, lembrei dos meus irmãos que não tem um lar, lembrei de tudo que Deus me deu e agradeci por aquele momento.”

E para a catequista, hoje ela está à frente dessa pastoral na comunidade matriz, o acontecimento mais importante foi a Missa de Envio, no “momento que o Papa pediu para rezarmos em silêncio e o barulho das ondas era a única coisa que ouvíamos em meio a multidão, lembrei de tudo que passei ali, de tudo que passei na minha paróquia, lembrei do que estava passando naquele momento, que estava do meu lado jovens que amava, irmãos que amam a Deus, meu marido” e a Isabela, sua filha que ainda estava em seu ventre.

A Vani sempre viu a Igreja como sendo sua casa, membro da família de Deus aqui na terra, mas após a JMJ pode se unir a uma família ainda maior.

“Percebi que se Deus podia me fazer sentir o que senti na JMJ imagina quanto melhor será o Céu?!”
Foto: Disponibilizada pela fonte

Por Rômullo Dawid - Pascom Pedro e Paulo