Unção dos Enfermos

A unção dos enfermos é um rito cristão dedicado aos enfermos, realizado com óleo.
Também chamada de último sacramento ou Santa Unção é um dos sete sacramentos do catolicismo, normalmente o último que se recebe em vida. Normalmente, administra-se este sacramento aos enfermos e àqueles que estejam em risco de morte. Este sacramento era conhecido como extrema unção, pois era administrado in articulo mortis (a ponto de morrer).

Diz o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica [1] que “A compaixão de Jesus pelos doentes e as numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a sua paixão e morte, Ele dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se unido ao seu, pode ser meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.” (n. 314) e “A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pô-la em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui sobretudo um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e orem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).” (n. 315).

Assim o refere o Catecismo da Igreja Católica:

1514. – A Unção dos Enfermos “não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte”(SC 73).

Na administração deste sacramento, o ministro unge o doente na fronte e nas palmas das mãos.

Diz o Catecismo da Igreja Católica:

1513. – A Constituição Apostólica “Sacram Unctionem Infirmorum”, de 30 de Novembro de 1972, a seguir ao Concílio Vaticano II, estabeleceu o seguinte : O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas perigosamente doentes, ungindo-as na fronte e nas mãos com óleo devidamente benzido – azeite de oliveira ou outro óleo de extração vegetal -, dizendo uma só vez : “Por esta Santa Unção e pela sua piíssima misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua bondade alivie os teus sofrimentos”.

Sobre o ministro deste sacramento, diz o Direito Canônico:

Cân. 1003- § 1. – Todos os sacerdotes, e só eles, administram validamente a Unção dos Enfermos.

§ 2. – O dever e o direito de administrar a Unção dos Enfermos competem aos sacerdotes, a quem foi confiada a cura de almas, em relação aos fiéis entregues aos seus cuidados pastorais; por causa razoável, qualquer outro sacerdote pode administrar este sacramento, com o consentimento, ao menos presumido, do sacerdote acima referido.

E o Catecismo da Igreja Católica esclarece:

1516. – Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos a pedir ao sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas.

Como usualmente, se é possível, o doente deve confessar-se, é por isso que só o sacerdote pode administrar este sacramento.

Quem pode receber a Unção dos Enfermos?

– Todos os que estão gravemente doentes.
– As pessoas que tem mais de 60 anos.

Condições para receber a Unção dos Enfermos

– Estar em estado de graça, isto é, sem pecado;
– Receber a Unção com fé, esperança, caridade e resignação a vontade de Deus.

Os sinais sensíveis da Unção dos Enfermos, oração-unçao, produção de graça, instituição divina, são ministrados pelo sacerdote, de preferência pelo pároco. A matéria usada para a unção é o óleo de oliveira ou planta que é abençoado na Quinta-feira Santa. No ato d unção o sacerdote profere as seguintes palavras: “Por esta santa unção o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo. Deus em sua infinita bondade quis”.