Outubro: mês da Padroeira e Rainha do Brasil

Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se aprender”. “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”, Francisco

Foi das águas escuras do Rio Paraíba do Sul que, em outubro de 1717, três pescadores retiraram a imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e em seguida, rio abaixo, a cabeça.

João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia entraram para a história da fé católica brasileira e foram os primeiros agraciados pela ação de Deus em Nossa Senhora: depois de retirada das águas, e com a imagem já dentro do barco, os pescadores que antes não tinham conseguido pescar sequer um lambari, conseguiram apanhar quantidade abundante de peixe. Por assim ter aparecido, o povo chamou a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição de “Aparecida”, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada Rainha em 1904, e Padroeira do Brasil em 1930. A festa litúrgica do dia 12 foi instituída em 1953 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e tornou-se feriado nacional em 1980, por ocasião da visita de São João Paulo II naquele ano. Antes disso, a Igreja celebrava sua Padroeira em 7 de setembro. A mudança aproximou as comemorações ao momento estimado em que a Imagem foi retirada das águas do Rio Paraíba do Sul – 17 a 30 de outubro de 1717.

A imagem

A Imagem possui quarenta centímetros de altura, esculpida em terracota, uma argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado. O estilo da obra é seiscentista, ou seja, foi produzida a partir de 1600 d.C. (século XVII). Isto foi atestado por diversos especialistas em obras sacras, entre eles doutor Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.

O Santuário Nacional

Maior Santuário no mundo dedicado a Maria, Mãe de Deus. A pedra fundamental da Basílica Nova foi lançada em 10 de setembro de 1946, mas o início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946 e o primeiro atendimento aos romeiros em 21 de junho de 1959. As atividades religiosas no Santuário, em definitivo, passaram a ser realizadas a partir do dia 03 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da Imagem Milagrosa da Antiga Basílica para a Basílica Nova. Em 1980, a Basílica Nova, maior Santuário mariano do mundo, foi consagrada pelo Papa João Paulo II, que lhe outorgou o título de Basílica Menor. Em 1983, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – declarou, oficialmente, a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional.

Outubro de 2017: Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional e obras de fé que vão nos preparar para o grandioso tricentenário. Além disso, a CNBB decretou para toda Igreja Católica no Brasil, em 24 de agosto, o “Ano Nacional Mariano” que terá início no próximo dia 12 de outubro, com a inauguração do Campanário do Santuário de Aparecida, obra que foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. De acordo com o Cardeal Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida, o ano mariano “será um ano de graça, de modo especial para o Brasil: um momento de louvor e agradecimento especial a Deus por tudo aquilo que Ele tem feito por nós, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira e nossa Rainha”. O Cardeal ainda acrescentou que devoção a Nossa Senhora faz parte da história do Brasil: “Maria sempre foi uma porta aberta ao conhecimento de Jesus; é o modelo de seguimento de Cristo, dos valores humanos que marcam a identidade religiosa do povo”.

Com informações do Portal A12.com e Rádio Vaticano

Fonte: Sem. Ricardo Rodrigues - Redação BIO